​​​​​​​Em 2018 entrei para o Programa de Formação e Deformação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage – EAV. Com a curadoria de Ulisses Carrilho e Keyna Eleison, foi composta uma turma de 24 artistas. Na tentativa de conhecer e me aproximar desses artistas e movida pela pergunta, por que um artista faz o que faz?, elaborei uma proposta-convite aberta:
Eu oferecia leituras individuais de seus mapas astrológicos, relacionando-os às suas produções artísticas. Eu solicitava os dados de nascimento, data, horário e cidade, gerava o mapa natal astrológico do artista e pedia, em troca, que a pessoa trouxesse algo para “nos dar de comer” no dia da leitura. Os encontros aconteceram nos jardins do Parque.
Julio Cortázar, no ensaio "Para uma poética", fala da “tendência humana para a concepção analógica do mundo” e vê no poeta aquele que “continua e defende um sistema análogo ao do mago, compartilhando com ele a suspeita de uma onipotência do pensamento intuitivo, a eficácia da palavra, o 'valor sagrado' dos produtos metafóricos.”